É assim o amor, uma canção do Nando Reis. O seu all star sujo da poeira das andanças pelo mundo, o seu sempre atraso para entrar na minha cama, na minha vida. 

Por onde andei enquanto você me procurava? 

Por onde você andou enquanto eu te procurava?  

A história da minha existência, cartazes te procurando, aeronaves seguem pousando, e tudo o que eu posso sentir é que nada tem graça sem você por perto. Acho que é assim que a gente se sente quando falta a nossa pessoa favorita, não é? Falta o ar, mas mesmo assim o corpo funciona, meio capenga, meio trôpego pelos dias afora, milhões de frases sem nenhuma cor. 

Eu trocaria a eternidade por nossa noite, você sabe disso, não sabe...? 

Ouço seu nome na voz de outras pessoas, vejo seus olhos nos castanhos alheios, enxergo suas cores pelos muros pichados dessa cidade que viu nascer esse estranho amor.

Queria te contar que, num dia desse qualquer, o livreiro do centro da cidade me deu um livro usado com seu nome no título. Eu chorei mil lágrimas de saudade, e passeando o dedo pelas letras douradas gastas, fiquei pensando como ele poderia saber que é por você que o meu pensamento chama a todo instante. 

Hoje você está nas coisas mais lindas, e também nas mais simples. Abracei o livro como se abraçasse você. Ainda não tive coragem de ler; seu nome estará lá em todas as páginas, e eu, que não consigo esquecer você, sei que vou sorrir chorando até conseguir dormir. 

O amor é uma canção do Nando Reis. E eu só quero que acabe logo a viagem que levou você pra longe daqui.