Compartilhar-se

Há muito, muito tempo, eu li a seguinte frase e nem me lembro onde foi: Não mande flores, mande você. Salvo uma falha no pente da minha memória, acho que era do meu conterrâneo e publicitário corinthiano Washington Olivetto e se referia a como agir quando alguém que conhecemos atravessa um momento difícil, seja uma doença física ou um perrengue emocional. Achei-a linda, linda, linda... Penso da mesma maneira, embora ache delicadíssimo e de super bom tom o gesto de mandar flores a alguém - uma bela braçada de flores alegres transforma pra melhor o dia de qualquer ser humano, creio eu! Esqueça aquela bobagem que dizem desdenhosamente que as flores morrem; nós também morremos, não é mesmo? Somos a soma de instantes e nada levaremos daqui.
 
Mas voltando a frase, acho que economizar a si mesmo é o maior ato de egoísmo possível; negar abraços, sorrisos e carinho é mesquinho demais. Não se compartilhar quando alguém precisa do nossos braços para levantar e prosseguir vai contra toda a interdependência que nos classifica como humanidade, a mesma que mantém o delicado equilíbrio de existir como um todo. A vida é cíclica - um dia sorrimos só pelo vento acarinhar o nosso rosto, noutro, estamos em posição fetal querendo sumir da face da Terra. Ninguém está imune às vicissitudes, tolo de quem pensa o contrário. Os dados rolam o tempo inteiro e a sorte não conhece dono.
 
Tenho amigos que, nesse exato momento, estão passando por momentos duros. Uns perderam pessoas que amavam, outros enfrentam imensos obstáculos, como doença na família. Espero que eu esteja sendo uma boa amiga agora tanto o quanto sou nas farras, sinceramente. Esse texto é para vocês.  E o meu amor também.    

 
CH


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